segunda-feira, 14 de março de 2011

O Crente e o Sofrimento

O sofrimento é uma das realidades da vida. Todos nós passamos por ele, sejamos pessoas boas ou más. Desde que o homem pecou o sofrimento é parte da realidade de toda a criação. O texto de Romanos 8 mostra como toda a criação geme de sofrimento, a espera da volta de Cristo.

O crente não é exceção a regra. Ele também passa por sofrimentos e angústias, ao contrário do que se é pregado em um grande número de igrejas nos dias de hoje. O crente também deve passar por lutas e provações, mas, para o crente, estas não são simplesmente lutas rotineiras ou conseqüência de erros, mas são também um meio de comunicação e ação de Deus.

“O sofrimento é o megafone de Deus”. Quantos já ouviram falar nesta famosa frase de C. S. Lewis? Essa é uma grande verdade. Nós seres humanos temos o péssimo hábito de não ouvirmos o que Deus diz, e de vez em quando ele precisa gritar para que prestemos atenção ao que ele diz. Mas as vezes o sofrimento transcende o gritar;  o sofrimento muitas vezes é a ferramenta de transformação de Deus.

Um pastor conhecido me apresentou uma metáfora muito interessante sobre o sofrimento. Ele comparou a nós, servos de Deus, a uma determinada porção de terra, e Deus ao agricultor que quer utilizar essa terra. Para isso ele precisaria arar a terra, mas não consegue por meios convencionais. Então o agricultor deixa que cresça uma erva daninha no terreno. Suas raízes vão penetrando muito mais fundo do que o arado conseguiria, e com muito mais facilidade. Quando o agricultor vê que chegou a hora ele arranca a erva de uma vez. Esse processo acaba levando parte da terra junto com a erva, mas abre espaço para que o agricultor faça o que quiser com a terra.

Deus muitas vezes age em nós dessa forma. Ele permite que algo cresça na nossa vida e alcance lugares onde não permitimos a voz d’Ele chegar, e quando menos esperamos, ele arranca. O sofrimento gerado é muito grande, e às vezes perdemos parte do nosso próprio ser, mas Deus consegue enfim alcançar o profundo de nosso ser e fazer sua obra. Vejamos um exemplo dessa ação de Deus na vida do crente no Salmo 13, escrito por Davi:

Salmos 13:
1 Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
2 Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim?
3 Considera e responde-me, ó Senhor, Deus meu; alumia os meus olhos para que eu não durma o sono da morte;
4 para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, em sendo eu abalado.
5 Mas eu confio na tua benignidade; o meu coração se regozija na tua salvação.
6 Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.

Este é um salmo de Davi, escrito durante o período em que o Rei Saul o perseguiu. Davi era o melhor general do exército hebreu, e liderou várias vitórias dos hebreus contra seus inimigos. Saul deveria se orgulhar de Davi, mas ao invés disso sentiu medo da popularidade de Davi e resolveu persegui-lo e matá-lo.

Davi recebeu como pagamento por suas obras a perseguição de seu rei, a quem sempre fora fiel, e que ainda por cima era pai de sua esposa e de seu melhor amigo. Foi forçado a viver escondido, acompanhado somente pelos marginalizados e com dificuldade em obter alimento e abrigo. Ele estava no fundo do poço; Deus o permitira chegar ali.

E então, na hora em que muitos de nós iríamos desistir e se entregar ao sofrimento, Davi dobrou seus joelhos e clamou o auxílio de Deus. Ele proclamou sua dor e seu desespero com toda aquela situação, e entregou toda sua confiança em Deus. Para encerrar ele agradeceu, porque Deus estava fazendo muito bem a ele.

Muito bem! Ele estava sendo perseguido pelos seus amados, sem rumo, sem casa, sem comida e em companhia dos marginalizados, e ainda via que Deus estava fazendo muito bem a ele! Deus usou o sofrimento para trabalhar a vida de Davi. E Davi enfrentou seu sofrimento reconhecendo a sua pequenez e a magnitude de Deus, e se entregando a Ele.

Assim Deus pode se aproximar de Davi e trabalhar a vida dele. Davi sofreu muito, mas foi elevado muito acima de sua dor, sendo feito rei de Israel, chamado de homem segundo o coração de Deus e obteve a honra de ser antepassado de Cristo. Isso tudo porque ele soube ouvir a voz de Deus em meio a tanta dor, e assim foi moldado e abençoado por Ele.

Para sermos um vaso novo temos de ser quebrados. Aprendamos a ver o sofrimento como oportunidade. Não deixemos que nossas dores sejam vãs. Entreguemos nossos corações quebrantados a Deus no momento da dor, e ele cuidará de nós. Assim seremos trabalhados e moldados por Ele, e iremos poder desfrutar do melhor que Deus tem para nós.

Deus seja Louvado!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Verdadeiro Cristo e os falsos "cristãos"

“Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18: 8B)




Vivemos tempos complicados na história do Evangelho. O desenvolvimento da civilização tem nos afastado de Deus. Hoje, o falso deus que enche os corações da humanidade somos nós mesmos. O que importa é que nossos sonhos sejam realizados, que nossa vontade seja feita, que cada um dos nossos mínimos caprichos e anseios sejam saciados. E mais, somos nós que temos as forças para atingir esses pontos. Só nós podemos nos erguer acima da média da sociedade, só nós podemos fazer com que sejamos “alguém”, que tenhamos nossos anseios atingidos. Para tanto, eu tenho que entrar no sistema de trabalho de modo sobremaneira intenso, sacrificando meu tempo, minha saúde e meus relacionamentos. Nada de equilíbrio, nada de saber apreciar seus amados e aquilo que se tem. “Eu sou o que tenho; eu quero mais!”.



O homem de hoje não tem um deus definido em sua cabeça; ou ele acha que não há algo além do que vemos, que a ciência explica tudo (o que na minha opinião é transformar a capacidade humana e a própria ciência em divindade), ou ele não leva isso a sério. Às vezes até diz professar uma religião, só pelo medo de que haja realmente vida após a morte; mas na maioria do tempo acha tudo isso besteira e perda de tempo.



Infelizmente, essa realidade tem gerado um problema muito grande para nossas igrejas: muitos “crentes” não conheceram ao verdadeiro Cristo



Muitas pessoas que dizem professar a fé em Cristo não sabem quem ele é. Muitos conheceram um Cristo comerciante, que troca nossa adoração por favores, como se fosse um político. Outros conheceram um ídolo que, segundo as tradições de sua família, deve ser adorado, ou ao menos respeitado. Outros conheceram um Cristo a quem se confessam no final de semana, e que garante uma cabeça tranqüila na segunda-feira, pronta para mais bagunça. Esses são alguns dos “Cristos” pregados nos dias de hoje.



Acontece que nenhum desses “Cristos” é o real. O Cristo verdadeiro é aquele que morreu na cruz para pagar o preço de nossas faltas; é o único pelo qual importa que sejamos salvos; é o caminho, a verdade e a vida, a conexão entre Deus e os homens. Com ele não há barganha ou falsidade, ou você tem fé nele ou não tem parte com ele.



Sabendo disso muitas vezes pensamos: “E os ‘crentes’ que não aparentam conhecer a Cristo? Será que eles são salvos?”. Parte deles pode ter tido uma real experiência com Cristo, mas sabemos que a maioria, infelizmente, nunca teve uma real experiência com Cristo, logo, não são salvas.



Às vezes, a sua reação à afirmação acima pode ter te indignado, mas ela é real, conforme vemos em Mateus 7:14-22.





Mateus 7:14-22

14 E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.

16 Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?

17 Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.

18 Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.

19 Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.

20 Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?

23 E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.



Cristo nos preveniu sobre esse tipo de pessoa, sobre aqueles que se apresentam como cristãos, mas não o são. O texto mostra que mais do que se dizer cristão, é necessário que se produza frutos da mudança provocada por Cristo. Quando esses frutos não aparecem é sinal de que a pessoa não é de Deus.



Entendam que uma vez que o Espírito Santo de Deus vem habitar em nossas vidas nós nunca mais somos os mesmos. Não tem como ter uma experiência com Deus e se manter igual. Tanto é que, até mesmo quando o crente desvia, a diferença de certa forma continua lá. Não é possível ter um encontro com Deus e não mudar; quando vemos um caso desses é quase certo de que a experiência não foi real.



E o que devemos fazer em relação a essas pessoas? Qual a nossa obrigação, como crentes, para com os nossos “irmãos” que não são irmãos? É a mesma que temos para com os não crentes: pregar e testemunhar. Essas pessoas ainda precisam ser alcançadas pelo Amor de Deus, e no caso delas, esse encontro é muito difícil, uma vez que elas pensam já o ter tido.



È necessário que preguemos para essas pessoas, tanto por elas quanto pelas pessoas de fora da Igreja, que os vêem em nosso meio. Os “cristãos” sem Cristo acabam sendo mais um mau testemunho da Igreja para com o mundo, uma vez que eles vivem a gerar polêmicas e confusões, seja por serem falsos profetas no sentido de hereges, seja por caírem em tentação, por não terem a força do Auxiliador para ajudá-los.



É muito difícil para nós termos que confrontar essas pessoas, porque muitas vezes já possuímos vínculos de amizade com essas pessoas, e tememos que tal confronto possa acabar por atrapalhá-la. Mas devemos nos lembrar que Deus está conosco; devemos depositar a vida dessas pessoas no Seu altar; devemos orar por elas e estarmos prontos para a hora e o jeito certo de confrontá-los. Devemos pregar com amor, não com raiva nem com juízo; este quem irá fazer é Deus, de acordo com a resposta da pessoa. Devemos agir com amor, mas sem jamais se omitir, uma vez que somos responsáveis por pregar o evangelho a toda a criatura. Se não conseguirmos pregar para aqueles que estão mais próximos de nós, se não tivermos a disposição de encará-los com A Verdade, como poderemos ter a força de pregar as boas novas para aqueles que nem conhecemos?



Deus seja Louvado!

sábado, 24 de outubro de 2009

Lógica TBS: O Retorno

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16 : 33)



É engraçado olhar esse blog depois de tanto tempo. Foram exatamente um ano, dois meses e vinte e nove dias sem escrever aqui. Aconteceram tantas coisas nesse intervalo de tempo que hoje quando leio um dos meus posts eu fico surpreso. Quantas idéias desconexas! Quantas coisas que eu deveria ter desenvolvido direito! Prometo cuidar mais da qualidade dos meus textos daqui em diante.

Devo confessar que eu fui afastado desse espaço por ansiedade. Acho que posso dizer que o Inimigo não se agradou da minha idéia, o que me deixa extremamente satisfeito. As perseguições e lutas que foram colocadas diante de mim visavam impedir que eu continuasse com meu trabalho, e infelizmente durante um certo período de tempo eu realmente me afastei de parte do meu trabalho na obra de Deus.

Mas Deus, em sua imensa sabedoria me trabalhou durante esse intervalo de tempo; tem cada vez mais esmagado meu ego e me ensinado a como andar. Acho que o versículo citado no início do texto resume a verdade divina que tem me transformado. E assim,com novo fôlego eu me senti inspirado a voltar a escrever; agora que eu vejo mais ainda a pequenez do meu miserável ser eu me desvio do que o homem pode fazer e pensar por si, e me volto pra o que realmente importa, o que Deus tem feito e revelado em nós, e o que Ele ainda pretende fazer.

Espero que vocês ainda estejam dispostos a me acompanhar nessa jornada de crescimento; espero que comentem, participem, mandem e-mails, e muitas coisas mais para que juntos nos tornemos verdadeiros T.B.S.s, de maneira a glorificar o nome de Deus, e garantir que a Sã Doutrina não se perca no esquecimento!

Deus seja Louvado!

sábado, 26 de julho de 2008

A Brevidade da Vida: alguns raciocínios sobre o tema

1: A fragilidade da Vida e o Viver:

Nós às vezes nos esquecemos o quanto à vida é frágil. Basta um minuto de descuido para que tudo se estilhasse. Quantas vezes o único sinal furado em uma noite causa um acidente, como a chance de 6 em 1 em uma roleta russa nunca deixa de aparecer.

A vida, o bem mais precioso que possuímos, é facilmente eliminada. Quando nos esquecemos disso podemos por tudo a perder. Mas também quando pensamos que a vida presente é tudo acabamos nos encaminhando para o erro.

Quando pensamos que a presente vida é tudo o que temos, nos vemos tentados a provar de todos os prazeres que este mundo pode nos proporcionar, sem se preocupar com as suas conseqüências. Quando vivemos para aproveitar incondicionalmente a vida acabamos por nos afastar da verdadeira vida, a eterna. A vida eterna não combina com prazeres que provoquem estragos em longo prazo. É por isso que a Igreja condena o uso de drogas, por exemplo, pois por mais que seja algo prazeroso acaba por consumir o futuro.

2: Como ver uma vida:

Nossa vida é aquilo que fazemos, podemos dizer. É através de nossos atos que as pessoas descobrem como nos somos; são os fatos que geram memórias e são nas memórias que permanecemos influenciando e gerando frutos no mundo. O apóstolo João até hoje nos proporciona crescimento em Cristo através de seus ensinamentos transmitidos pela Bíblia. Ele não está aqui em carne em osso nos ensinando, nem o seu espírito está aqui nos guiando.

Só Deus conhece nossos pensamentos, logo só ele pode usá-los como base para nos definir. Nós só podemos nos basear naquilo que vemos os outros fazendo. E quando vamos avaliar uma vida em relação a Deus também deve ser assim a nossa “avaliação”.

Assim nós devemos colocar esses dois conceitos em pauta ao meditar sobre a vida, tanto as presentes quanto as findadas.

Quando uma pessoa leva uma vida boa e, por um curto deslize, acaba morrendo em pecado não devemos dar mais peso ao ultimo do que a todos os anos de vida dedicada. Como pode uma vida de serviço a Deus ser considerada má por ter morrido em um momento de queda? Nem todo suicida vai para o inferno, porque o suicídio é um pecado como qualquer outro, e como tal não pode tirar a salvação.

A vida é frágil, e pode terminar em momentos negros, mas mesmo assim, quando formos falar da vida de alguém nos lembremos do que elas fizeram no viver, não no morrer. Mais ainda, no que elas fizeram por Deus.


Algumas pessoas partem, às vezes de maneira trágica, mas o que eles fizeram pela causa de Deus jamais será obscurecido. Elas estão na glória, então que nos lembremos daquilo que elas fizeram e que condiz com essa glória, porque é o que fazemos por Deus que define quem nós somos, e não os nossos erros para com ele.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O Alicerce

Quando vamos fazer uma pilha de coisas nós geralmente colocamos a maior peça por baixo, não? Fazemos assim para garantir estabilidade e segurança.
Na nossa vida é a mesma coisa. A nossa estabilidade depende de qual é a nossa base. Se sua base for algo volúvel você será alguém estremamente vunerável. Quando nos baseamos em sentimentos, sensações, gostos, hobbies, dinheiro, pessoas, e quase tudo que conhecemos nós nos tornamos vuneráveis a ataques do ambiente hostil.
A única base totalmente firme e segura é Deus. Quando Cristo é a nossa base estamos protegidos. Quase todo mundo conhece essa parabola biblica, mas vale ser repetida:


Mateus 7: 24

24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
26 E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
28 E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;
29 Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.

Isso pode parecer algo básico, mas na verdade é complexo, pois, para que Cristo seja a base não basta só pedirmos que ele seja, mas também é necessário que vivamos de acordo com ele. Se Cristo é a base como o "prédio" se portar como um mundano, um pecador?
Para Cristo ser a base devemos nós ser da mesma matéria da base, devemos ser seres espirituais, que buscam a Deus, a Cristo e aos seus ensinamentos antes de qualquer outra coisa.
Veja esse texto de Romanos:
Romanos 6
1 QUE diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?
2 De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
6 Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.
7 Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;
9 Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele.
10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.
12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
13 Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
15 Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.
16 Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
17 Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.
18 E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.
19 Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação.
20 Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.
21 E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.
22 Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.

Como vemos no texto, quando aceitamos a Cristo nós fazemos de sua morte a nossa morte, para que sa vida seja nossa vida. Assim sendo é como se fôssemos um com Ele. Assim sendo como pode alguém ter a base em Cristo e viver em pecado, e como pode alguém que não tem sua base em Cristo ter a vida prometida?
Veja que Deus afeta nossa vida atual, nos dando alegria eterna, que perdura mesmo na tristeza, e sendo ombro consolador no momentos difíceis. E ainda por cima ele nos permite termo uma nova vida cm Deus, após o findar deste mundo, no Paraíso. Para tanto somos transformados pelo sangue de Jesus. Se o sangue de Jesus nos mudou como posso eu continuar me satisfazendo em pecar? Qualquer ser humano peca todos os dias, mesmo os salvos, mas existe uma diferença entre pecar e se regozigar do pecado. Se o pecado pe razão de alegria é porque a pessoa ainda está longe de Deus.
Para termos a base firme devemos mudar nosso viver. Devemos aceitar Cristo como o Alicerce de nossas vidas, mas devemos também nos tornarmos um com esse alicerce; devemos viver como Cristo viveu.
Termino com uma frase conhecidíssima citada pelo Matossas nessa última sexta-feira, dia 07-11-2008, na EBI, onde ele nos deu um esudo sobre o capítulo acima do livro de Romanos:
"Em seus passos o que faria Jesus?"

Deus seja Louvado!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Férias e Outras Coisas Sobre A Vida

"Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento." (I Coríntios 14 : 20)


A maioria dos estudantes está entrando de férias por esses dias. Alguns já entraram, outros não.
è interessante ver o efeito que as férias tem nas pessoas. Algumas vivem só para esses curtos meses de folga, outros entram em colapso por terem de ficar parados; o resto aproveita o tempo que tem da melhor maneira possível.

Podemos junto a essa análise fazer outra: o grau de realidade das pessoas. Vocês já repararam em como as vezes nós "dramatizamos" as situações que se passam em nossas vidas?
Alguns jovens entram em desespero por férias, mas não por estarem cansados, mas sim por terem medo da sua realidade. Alguns jovens temem perder suas férias com estudos outrablaho, mas nem pelas férias em si, mas pelo que essa perda significa: o envelhecer.

Muitas pessoas tem esse tipo de problema, com o tempo isso tende a melhorar, mas para alguns jovens é extremamente difícil encarar o fato de estarem envelhecendo, de se tornarem responsáveis por si mesmos e terem que cumprir com as obrigações de qualquer cidadão honesto.

Eles não estão prontos para terem que trabalhar para pagar suas contas, por exemplo; eles querem que seus pais as paguem, e que eles lhes dêem dinheiro para eles gastarem com os filhos. Eles querem sempre aumentos de mesada, mas não estão preparados para ter que derramar o suor do seu rosto pela tão desejado dinheiro.

Eles querem viver suas amizades e relacionamentos como sempre viveram, sem perder ninguém, sem ter de se responsabilizar por seus atos grosseiros que possam ferir. Eles lazer todos os dias, sem estudar ou tomar alguma responsábilidade. Até mesmo os que conhecem Deus e o que a Bíblia fala sobre isso tem dificuldade de crescer.

Devemos ter misericórdia daqueles que passam por isso. Essa dificuldade em enfrentar a necessidade de amadurecimento pode gerar muita dor e até destruir vidas. Muitas pessoas acabam com suas vidas estragadas por terem demorado demais para enfrentarem suas responsabilidades.

Quem não tem esse problema, que ore pelos que têm; quem o tem que o enfrente. Deus não pune aqueles que não querem sofrer a dor do crescer, muito antes pelo contrário, ele entende-nos, por msa que não nos apoie na inércia, ele exige que cresçamos, como vemos no versículo citado acima.

Devemos crescer para nossas responsabilidades, e nos manter crianças no que não é bom, e não o contrário, como quase sempre é o que acaba acontecendo. Que sejamos íntegros e cumpramos com aquilo que é esperado de nós. Se somos homens e mulheres que ajamos como tal.

Deus seja Louvado!

domingo, 15 de junho de 2008

Murphy

Esse texto é uma homenagem a todos aqueles que estiveram presentes no aniversário da Tássya. Vocês, os homenageados, sabem o porque.


É engraçado como a famosa Lei de Murphy é visivelmente presente. Mas por que será? Por que as coisas parecem sempre dar errado?
Em primeiro lugar porque normalmente só reparamos nos erros. O ser humano só vê o movimento das coisas quando esse movimento o traz problemas. O ser humano evidencia os problemas; é o seu pessimismo que gera essa visão um tanto quanto deturpada.
Mas em alguns casos o problema é real. Em alguns casos a situação problemática parece não ter fim. Quantas vezes sofremos tentando achar uma saída. Um dos grandes problemas que nos afastam da real saída é onde procuramos e o que procuramos.
Para ilustrar essa situação segue uma história contada pelo pastor Wander no Congresso da Família 2008 da Primeira Igreja de Goiânia. Ela não está exatamente de acordo com o relato do pastor, eu não consegui lembrar com perfeição, mas é uma adaptação suficientemente próxima do real.

“Um jovem, a muito tempo solteiro, vai mais cedo pra igreja em uma manhã de domingo e se ajoelha junto ao púpito, pensando ser este o lugar de maior santidade do templo, e ora da Deus:
- SENHOR, eu quero muito achar uma moça com quem casar. Estou muito só e não agüento mais essa solidão. Faça uma intervenção na minha vida, por favor. Eu entenderei que a primeira moça a entrar na igreja será aquela que o SENHOR tem para mim. Ajude-me nisso, por favor!...
Em seguida as portas da igreja se abrem e por elas entra a menina mais feia da igreja. E vendo-a o jovem ora novamente:
SENHOR, eu estava falando sério quando disse que seria a primeira...”


Apesar do tom humorístico essa é uma verdade real. Quantas vezes não agimos assim? Não ignoramos o que Deus tem para nós pensando que, por não combinar com a nossa vontade, é ruim ou insuficiente. O problema é que pedimos que Deus faça Sua vontade e não a aceitamos.
Quando fazemos isso acabamos nos afastando da solução e dando um salto de cabeça na dificuldade. Ou então ocorre algo diferente; Deus nos permite ter o que nós tanto almejamos e isso nos subjuga.
Eu conheci um jovem que se sentia muito solitário, mas não achava alguém com quem namorar. Isso o angustiava terrivelmente. Após um tempo eu me encontrei com ele e ele confessou que o problema era com ele. Ele disse que perdeu excelentes oportunidades porque buscava alguém mais fútil do que as pessoas que Deus tinha para Ele. A sua falta de auto-confiança acabou por o afastar da saída do problema.
Podemos citar também um outro jovem que demorou muitos anos para achar paz na sua vida acadêmica e profissional porque se negava a fazer um curso que tivesse pouca probabilidade de lhe dar uma renda excepcionalmente elevada.
Quando seguimos esse caminho de tapar os próprios olhos estamos mostrando nossa indignação e, por que não também nossa gratidão com a providência divina. Devemos nos conformar com nossa pequenez e aceitar o que Deus tem para nós, em cada parte de nossa vida.

Assim que pararmos de reclamar e aceitarmos o que Deus tem para nós os véus do pessimismo começarão a cair. Esse é um processo que pode durar uma vida, mas é sempre gratificante.

Deus seja Louvado!