terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Verdadeiro Cristo e os falsos "cristãos"

“Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18: 8B)




Vivemos tempos complicados na história do Evangelho. O desenvolvimento da civilização tem nos afastado de Deus. Hoje, o falso deus que enche os corações da humanidade somos nós mesmos. O que importa é que nossos sonhos sejam realizados, que nossa vontade seja feita, que cada um dos nossos mínimos caprichos e anseios sejam saciados. E mais, somos nós que temos as forças para atingir esses pontos. Só nós podemos nos erguer acima da média da sociedade, só nós podemos fazer com que sejamos “alguém”, que tenhamos nossos anseios atingidos. Para tanto, eu tenho que entrar no sistema de trabalho de modo sobremaneira intenso, sacrificando meu tempo, minha saúde e meus relacionamentos. Nada de equilíbrio, nada de saber apreciar seus amados e aquilo que se tem. “Eu sou o que tenho; eu quero mais!”.



O homem de hoje não tem um deus definido em sua cabeça; ou ele acha que não há algo além do que vemos, que a ciência explica tudo (o que na minha opinião é transformar a capacidade humana e a própria ciência em divindade), ou ele não leva isso a sério. Às vezes até diz professar uma religião, só pelo medo de que haja realmente vida após a morte; mas na maioria do tempo acha tudo isso besteira e perda de tempo.



Infelizmente, essa realidade tem gerado um problema muito grande para nossas igrejas: muitos “crentes” não conheceram ao verdadeiro Cristo



Muitas pessoas que dizem professar a fé em Cristo não sabem quem ele é. Muitos conheceram um Cristo comerciante, que troca nossa adoração por favores, como se fosse um político. Outros conheceram um ídolo que, segundo as tradições de sua família, deve ser adorado, ou ao menos respeitado. Outros conheceram um Cristo a quem se confessam no final de semana, e que garante uma cabeça tranqüila na segunda-feira, pronta para mais bagunça. Esses são alguns dos “Cristos” pregados nos dias de hoje.



Acontece que nenhum desses “Cristos” é o real. O Cristo verdadeiro é aquele que morreu na cruz para pagar o preço de nossas faltas; é o único pelo qual importa que sejamos salvos; é o caminho, a verdade e a vida, a conexão entre Deus e os homens. Com ele não há barganha ou falsidade, ou você tem fé nele ou não tem parte com ele.



Sabendo disso muitas vezes pensamos: “E os ‘crentes’ que não aparentam conhecer a Cristo? Será que eles são salvos?”. Parte deles pode ter tido uma real experiência com Cristo, mas sabemos que a maioria, infelizmente, nunca teve uma real experiência com Cristo, logo, não são salvas.



Às vezes, a sua reação à afirmação acima pode ter te indignado, mas ela é real, conforme vemos em Mateus 7:14-22.





Mateus 7:14-22

14 E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.

16 Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?

17 Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.

18 Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.

19 Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.

20 Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?

23 E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.



Cristo nos preveniu sobre esse tipo de pessoa, sobre aqueles que se apresentam como cristãos, mas não o são. O texto mostra que mais do que se dizer cristão, é necessário que se produza frutos da mudança provocada por Cristo. Quando esses frutos não aparecem é sinal de que a pessoa não é de Deus.



Entendam que uma vez que o Espírito Santo de Deus vem habitar em nossas vidas nós nunca mais somos os mesmos. Não tem como ter uma experiência com Deus e se manter igual. Tanto é que, até mesmo quando o crente desvia, a diferença de certa forma continua lá. Não é possível ter um encontro com Deus e não mudar; quando vemos um caso desses é quase certo de que a experiência não foi real.



E o que devemos fazer em relação a essas pessoas? Qual a nossa obrigação, como crentes, para com os nossos “irmãos” que não são irmãos? É a mesma que temos para com os não crentes: pregar e testemunhar. Essas pessoas ainda precisam ser alcançadas pelo Amor de Deus, e no caso delas, esse encontro é muito difícil, uma vez que elas pensam já o ter tido.



È necessário que preguemos para essas pessoas, tanto por elas quanto pelas pessoas de fora da Igreja, que os vêem em nosso meio. Os “cristãos” sem Cristo acabam sendo mais um mau testemunho da Igreja para com o mundo, uma vez que eles vivem a gerar polêmicas e confusões, seja por serem falsos profetas no sentido de hereges, seja por caírem em tentação, por não terem a força do Auxiliador para ajudá-los.



É muito difícil para nós termos que confrontar essas pessoas, porque muitas vezes já possuímos vínculos de amizade com essas pessoas, e tememos que tal confronto possa acabar por atrapalhá-la. Mas devemos nos lembrar que Deus está conosco; devemos depositar a vida dessas pessoas no Seu altar; devemos orar por elas e estarmos prontos para a hora e o jeito certo de confrontá-los. Devemos pregar com amor, não com raiva nem com juízo; este quem irá fazer é Deus, de acordo com a resposta da pessoa. Devemos agir com amor, mas sem jamais se omitir, uma vez que somos responsáveis por pregar o evangelho a toda a criatura. Se não conseguirmos pregar para aqueles que estão mais próximos de nós, se não tivermos a disposição de encará-los com A Verdade, como poderemos ter a força de pregar as boas novas para aqueles que nem conhecemos?



Deus seja Louvado!

3 comentários:

Raul Vitor disse...

Dizer que há salvação em uma vida que não demonstra nenhuma mudança de atitude é caçoar do poder de Deus. Devemos ter muito cuidado,pois, o que acontece infelismente é o caso dessas pessoas serem nossas amigas ou mesmo parentes e então ficamos desencando a nossa consciência tentando nos convencer de que essas pessoas são salvas. O que deveriamos fazer é trabalhar pela conversão real delas e não tapar o sol com a peneira.

Parabéns ae Gabriel, continue escrevendo regularmente, pois, o que você faz eu não conseigo fazer e vice-versa, o que deixa claro que nenhum de nós pode se calar.

Uneteen IBJE disse...

Parabéns Gabriel!Realemnte o que você falou é muito importante mesmo.Muitas pessoas não compreendem o verdadeiro sentido de Cristo ter existido!
Hadassa Oliveira

Matheus, o Naves disse...

Nesse post você disse que quem for enganado por "falsos profetas" e não tiver um verdadeiro encontro com Cristo, definitivamente não será salvo.

Mas o pecado de um falso profeta não deveria cair sobre ele mesmo? O errado não é quem esconde a verdade por benefício próprio? Isso então quer dizer que todos os cristãos que viveram na Idade Média e se submeteram às falsas liturgias da igreja romana (inclusive a proibição da leitura da bíblia, o que priva a todos da verdade) foram condenados ao inferno?

Me desculpe, mas creio que Deus não seja tão fatalista. Creio que nesse caso Deus julgaria de acordo com o coração de cada um, de acordo com a decisão da escolha de seguir o Bem ou não. Os errados seriam os que sabiam a verdade mas pregaram a mentira, imagino eu. Assim como uma criancinha, que é inocente perante ao mundo e, mesmo não tendo conhecido a cristo, ganha o Reino dos Céus, creio que Deus julga os que foram enganados em toda sua vida por falsos profetas como inocentes na fé cristã, não?

Gostaria que você me esclarecesse, por favor.