sábado, 26 de julho de 2008

A Brevidade da Vida: alguns raciocínios sobre o tema

1: A fragilidade da Vida e o Viver:

Nós às vezes nos esquecemos o quanto à vida é frágil. Basta um minuto de descuido para que tudo se estilhasse. Quantas vezes o único sinal furado em uma noite causa um acidente, como a chance de 6 em 1 em uma roleta russa nunca deixa de aparecer.

A vida, o bem mais precioso que possuímos, é facilmente eliminada. Quando nos esquecemos disso podemos por tudo a perder. Mas também quando pensamos que a vida presente é tudo acabamos nos encaminhando para o erro.

Quando pensamos que a presente vida é tudo o que temos, nos vemos tentados a provar de todos os prazeres que este mundo pode nos proporcionar, sem se preocupar com as suas conseqüências. Quando vivemos para aproveitar incondicionalmente a vida acabamos por nos afastar da verdadeira vida, a eterna. A vida eterna não combina com prazeres que provoquem estragos em longo prazo. É por isso que a Igreja condena o uso de drogas, por exemplo, pois por mais que seja algo prazeroso acaba por consumir o futuro.

2: Como ver uma vida:

Nossa vida é aquilo que fazemos, podemos dizer. É através de nossos atos que as pessoas descobrem como nos somos; são os fatos que geram memórias e são nas memórias que permanecemos influenciando e gerando frutos no mundo. O apóstolo João até hoje nos proporciona crescimento em Cristo através de seus ensinamentos transmitidos pela Bíblia. Ele não está aqui em carne em osso nos ensinando, nem o seu espírito está aqui nos guiando.

Só Deus conhece nossos pensamentos, logo só ele pode usá-los como base para nos definir. Nós só podemos nos basear naquilo que vemos os outros fazendo. E quando vamos avaliar uma vida em relação a Deus também deve ser assim a nossa “avaliação”.

Assim nós devemos colocar esses dois conceitos em pauta ao meditar sobre a vida, tanto as presentes quanto as findadas.

Quando uma pessoa leva uma vida boa e, por um curto deslize, acaba morrendo em pecado não devemos dar mais peso ao ultimo do que a todos os anos de vida dedicada. Como pode uma vida de serviço a Deus ser considerada má por ter morrido em um momento de queda? Nem todo suicida vai para o inferno, porque o suicídio é um pecado como qualquer outro, e como tal não pode tirar a salvação.

A vida é frágil, e pode terminar em momentos negros, mas mesmo assim, quando formos falar da vida de alguém nos lembremos do que elas fizeram no viver, não no morrer. Mais ainda, no que elas fizeram por Deus.


Algumas pessoas partem, às vezes de maneira trágica, mas o que eles fizeram pela causa de Deus jamais será obscurecido. Elas estão na glória, então que nos lembremos daquilo que elas fizeram e que condiz com essa glória, porque é o que fazemos por Deus que define quem nós somos, e não os nossos erros para com ele.

4 comentários:

Raul Vitor disse...

"Aquele que perder sua vida achalá-a"

Clarissa disse...

É interessante que nossas atitudes quando desprezamos a vida ou quando consideramos somente a vida presente nos levam sempre a um mesmo caminho: de morte.

A vida deve ser vivida sob a ótica divina, pois é a visão do seu criador. De quem a conhece verdadeiramente. De quem não está preso a segundos e que é o único capaz de sondar os corações, inclusive em nossos momentos de deslize.

"Como pode uma vida de serviço a Deus ser considerada má por ter morrido em um momento de queda? Nem todo suicida vai para o inferno, porque o suicídio é um pecado como qualquer outro, e como tal não pode tirar a salvação." Gostei muito!

João Lemmos disse...

Fala, Gabriel!

João Lemmos disse...

Muito legal!
Continue sempre com o blog, será muito edificante!